sábado, 23 de outubro de 2010

ZAMORIM FUTEBOL DE BOTÃO "DISSE E É VERDADE"


Preço “justo”, “abusivo”, ou simplesmente “o preço”?

14 de setembro de 2010Quando falamos em comprar times de futebol de botão, é comum a gente ouvir coisas do tipo: “o preço do cara é abusivo”, “onde encontro botões a preços justos?” ou “o cara cobra R$20,00 em um botão, mas eu só gasto R$3,00 com material.
Eu acho muito complicado julgar o preço do trabalho dos outros. É preciso entender que um artesão de futebol de botão (e de qualquer outra coisa) não está cobrando pelo acrílico que ele gasta no time. Ele está cobrando pelo trabalho na confecção, pelo tempo que passou aprimorando as técnicas que utiliza e por um bocado de outras “coisinhas”, inclusive, certamente, pelo material utilizado, que pode ser fácil de encontrar ou mais raro. E é justo, muito justo!
Cada um sabe o custo do trabalho. Ninguém é obrigado a pagar, mas provavelmente o preço é justo. Certa vez, quando fui ao Rio para um torneio de dadinho, vi um cara vendendo uns goleiros fantásticos, chumbados e muito trabalhados com detalhes finíssimos em acrílico. Os preços variavam de R$100,00 a R$400,00, por UM goleiro. Acho caro para o meu bolso, EU não poderia pagar, mas fiquei babando nos goleiros e nunca ousaria criticar o cara pelo preço que ele cobra, porque imagino o trabalho que ele teve para criar cada uma daquelas peças. E ele vende, porque tem gente que tem condições financeiras para tal e acha que a qualidade do trabalho vale o preço.
E não estou com esse blá, blá, blá para benefício próprio, já que não vendo mais times, mas por que realmente me incomoda ver alguém criticando o preço cobrado por um artesão, sem pensar no que realmente tem por trás daquele preço. Mais ainda quando criticam a pessoa, como se ela fosse mercenária ou egoísta por não querer dar seu trabalho de graça.

Um comentário:

  1. Fantástico comentário meu amigo! Só sinto não ter lido antes.
    Muito obrigado, pois nós artesão precisamos mesmo às vezes de palavras assim!
    Grande abraço e parabéns!

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